quarta-feira, fevereiro 05, 2014

47 ronins, de Carl Erik Rinsch **1/2


A história dos 47 ronins é um dos mitos mais tradicionais na cultura japonesa, tendo recebido diversas adaptações cinematográficas no seu país de origem. Assim, até soa estranho essa versão norte-americana para “47 ronins” (2013). E não é só pelo fato de samurais e afins aparecerem falando inglês. A marca ocidental da condução da narrativa do diretor britânico Carl Erik Rinsch fica bastante evidente – há uma ênfase num romance entre um guerreiro mestiço (Keanu Reeves) e a filha de um lorde que rende um excesso de momentos de romantismo meloso que é estranho para um filme tradicional de samurais, assim como a violência é bastante atenuada (praticamente não se vê no sangue nas seqüências de ação ou nos rituais de suicídio). Por outro lado, não deixa de ser interessante ver um filme de samurais feito com um padrão de grande produção norte-americana. Ainda que ousadia e criatividade não sejam grandes marcas da direção de Rinsch, a conjunção de trucagens eficientes com porradaria típica de filmes orientais ocasiona algumas seqüências satisfatórias em termos de diversão escapista.

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