quinta-feira, fevereiro 13, 2014

O herdeiro do diabo, de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett 1/2 (meia estrela)


É complicado e um tanto leviano fazer vaticínios definitivos, mas me atrevo a afirmar que talvez “O herdeiro do diabo” (2014) possa ser considerado como um dos pontos mais baixos que o cinema de horror contemporâneo já atingiu. É o típico exemplar da “esperteza” de produtores – por um lado se apropria de uma temática, o nascimento do anticristo, bastante batida (ainda que tenha rendido alguns filmes clássicos como “O exorcista” e “A profecia”) e por outro usa o recurso estético mais manjado da atualidade, o do registro audiovisual tosco emulando uma filmagem caseira. Ou seja, a intenção é apostar na certeza comercial em qualquer direção. E o real problema do filme não é o fato de que cada trecho do roteiro lembra várias outras obras na linha. O que realmente incomoda é a direção medíocre de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillet, incapaz de extrair tensão em qualquer momento, limitando-se a repetir mecanicamente todas as fórmulas e clichês possíveis inerentes ao gênero. E é possível ainda que faça o espectador sentir saudade da franquia “Atividade paranormal” (e olha que isto não representa necessariamente um elogio a esta última....).

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