terça-feira, julho 16, 2019

Sicário: Dia do soldado, de Stefano Sollima **


Ainda que tivesse um roteiro um tanto derivativo, “Sicário: Terra de ninguém” (2015) impressionava por uma notável conjunção entre uma encenação precisa e uma concepção formal apurada, destacando uma direção de fotografia fenomenal e uma música incidental bastante singular. Nesse expressivo conjunto artístico, era impossível não lembrar de algumas das melhores produções dirigidas por Michael Mann. Sua continuação, “Sicário: Dia de soldado” (2018), na comparação, deixa muito a desejar. Sua articulação narrativa-estética é apenas correta, transcendendo quase nada dentro daquilo que se faz no gênero policial/ação atualmente. A trama continua pecando pela pouca originalidade, além de pender para incômodos clichês machistas. Ou seja, a típica continuação irrelevante que talvez nem precisasse existir.