segunda-feira, março 26, 2012

Protegendo o inimigo, de Daniel Espinosa ***


Apesar de não o mesmo prestígio artístico de seu irmão Ridley, Tony Scott parece ter criado escola no gênero ação. Para o bem e para o mal... “Protegendo o inimigo” (2012) se mostra como um bom exemplar de tal linhagem. O diretor Daniel Espinosa recicla algumas das principais características do cinema de Tony Scott: a direção de fotografia de tons granulados, a ação vertiginosa, a montagem de bastantes cortes. Não incorpora, contudo, a tendência para o “clipeiro”, coisa que incomoda em algumas das obras de Scott. A trama de “Protegendo o inimigo” é aquela síntese básica de produções de espionagem: traições, conspirações, dissimulações. Espinosa sabe dosar os clichês e manter uma atmosfera razoável de tensão. Por mais que a edição seja frenética, consegue manter a clareza de sua encenação – pode-se ver todos os detalhes das lutas, perseguições e tiroteios. Até mesmo na direção de atores revela talento – há quanto tempo não se via uma atuação decente de Ryan Reynolds?? Nem sei se Espinosa admite alguma influência de Scott, mas o britânico ficaria orgulhoso do discípulo...

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