Dá para dizer que desde a dobradinha “A conquista da honra”
e “Cartas de Iwo Jima”, ambos lançados de 2006, o diretor Clint Eastwood tem
demonstrado uma certa obsessão em seus filmes com histórias baseadas em fatos
reais a ressaltarem questões como o patriotismo, o heroísmo e a guerra. Em
quase todos eles, ele conseguiu fazer com que as narrativas não tropeçassem no
meramente laudatório ou no ufanismo simplório a partir de um bem engendrado
equilíbrio entre classicismo formal e sóbria atmosfera emocional. Pois a
exceção a essa habitual abordagem do cineasta acaba se configurando justamente
na sua obra mais recente, “15h17 – Trem para Paris” (2018). Ao término da
projeção, a impressão é a de se ter assistido a uma convencional e apelativa
peça de propaganda cristã-armamentista-patriota. Ao invés daquela perturbadora
ambiguidade existencial e da notável síntese entre sutileza estética e expressiva
caracterização imagética que pairavam em obras como “A troca” (2008) e “Sniper
americano” (2015), o que se tem é uma produção genérica repleta de discursos de
autoajuda e encenada com uma mão pesada que parece que nem é a do mesmo diretor
que tem obras-primas como “Os imperdoáveis” (1992) e “Sobre meninos e lobos” (2003)
em sua filmografia.
Um comentário:
Eu amei a sua resenha. Eu assisti no cinema e adorei esse filme. É um dos melhores filmes de drama , tem uma boa história, atuações maravilhosas e um bom roteiro. O filme 15h17 trem para paris cuida todos os detalhes e como resultado é um grande filme. Realmente vale a pena todo o trabalho que a produção fez, cada detalhe faz que seja um grande filme. Vale muito à pena, é um dos melhores do seu gênero. Além, tem pontos extras por ser uma historia com um bom elenco.
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