segunda-feira, dezembro 03, 2018

Carbono, de Olivier Marchal **


Quando os primeiros filmes do diretor Olivier Marchal foram lançados, ficou sugerido que havia um sopro de renovação dentro do cinema policial francês, principalmente nos sensacionais “36” (2004) e “M73 – A última missão” (2008). Essa boa impressão inicial, entretanto, começo a se dissipar em obras posteriores até se dissolver quase por completo em “Carbono” (2017). Obras sobre a ascensão e queda de gangsteres (ou contraventores semelhantes) são quase tão antigas quanto o próprio cinema e nesse gênero cineastas como Martin Scorsese já provaram que ainda se pode extrair algo de relevante. Não foi o caso de Marchal, pois seu filme é um repisar constante e sem imaginação de clichês narrativos e temáticos. O roteiro é banal, beirando o primário e o francamente imbecil na caracterização de situações e personagens, e mesmo o seu aspecto formal pouco ultrapassa o correto, longe daquela combinação precisa entre o sóbrio e o vigoroso que marcou as melhores produções dirigidas por Marchal.

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