Quando os primeiros filmes do diretor Olivier Marchal foram
lançados, ficou sugerido que havia um sopro de renovação dentro do cinema
policial francês, principalmente nos sensacionais “36” (2004) e “M73 – A última
missão” (2008). Essa boa impressão inicial, entretanto, começo a se dissipar em
obras posteriores até se dissolver quase por completo em “Carbono” (2017).
Obras sobre a ascensão e queda de gangsteres (ou contraventores semelhantes)
são quase tão antigas quanto o próprio cinema e nesse gênero cineastas como
Martin Scorsese já provaram que ainda se pode extrair algo de relevante. Não
foi o caso de Marchal, pois seu filme é um repisar constante e sem imaginação
de clichês narrativos e temáticos. O roteiro é banal, beirando o primário e o
francamente imbecil na caracterização de situações e personagens, e mesmo o seu
aspecto formal pouco ultrapassa o correto, longe daquela combinação precisa
entre o sóbrio e o vigoroso que marcou as melhores produções dirigidas por
Marchal.
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