A síntese entre suspense aos moldes de Hitchcock e drama
intimista-familiar praticada por Claude Chabrol em “A flor do mal” (2003) já
teve resultados mais impactantes em outras do diretor francês. Ainda assim,
trata-se de um filme memorável pela forma elegante e precisa com que o cineasta
conduz a narrativa, além da atmosfera que permeia a trama que concilia sordidez,
distanciamento e um suave erotismo. Também é interessante a forma com que o
subtexto de teor histórico e político do roteiro se insinua para o espectador –
em meio a tradicionais situações e viradas na trama típicas de um filme de
mistério, há uma sutil reflexão sobre o fantasma nazista a influenciar a
sociedade europeia mesmo após décadas do fim da 2ª Guerra Mundial.
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