Quando despontou no panorama cinematográfico, Juliette Lewis
causou um impacto considerável. Algumas de suas atuações marcantes em obras
memoráveis lhe garantiram um espaço no imaginário dos apreciadores de cinema –
como esquecer aquele misto de inocência e sexualidade latente no brutal “O cabo
do medo” (1991), a caracterização cool e charmosa em “Maridos e esposas” (1992)
ou a ferocidade alucinada e irônica em “Assassinos por natureza” (1994)? Diante
da riqueza artística dessa sua filmografia inicial, é chocante vê-la atuando em
um negócio tão ruim e ordinário quanto “O quarto andar” (1999), um suspense
vagabundo repleto de clichês narrativos executados de maneira indigente. O que
pode explicar uma escolha tão equivocada? Falta de opções melhores? Drogas
ruins? E há também o detalhe de que esse abacaxi dirigido por Josh Klausner
conta ainda no elenco com o oscarizado William Hurt e a ótima Shelley Duvall. Tem
coisas que só quem é de Hollywood entende mesmo...
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