Há pelo menos um mérito considerável por parte da diretora alemã
Margarethe Von Trotta na realização de “O mundo fora do lugar” (2015) – diante de
uma trama genérica típica do gênero melodrama, a abordagem da cineasta é
marcada pela sobriedade emocional e pela elegância formal. Mas também nada que
vá além disso, pois apesar da narrativa se desenvolver de maneira agradável e
sem maiores sobressaltos, falta algum elemento artístico que dê alguma
transcendência à obra. Ou seja, é um filme fácil de ver, mas também fácil de
esquecer. E o que no caso de Von Trotta acaba sendo algo frustrante,
principalmente se lembrarmos da contundência estética e temática de sua
produção anterior, “Hannah Arendt” (2012), um dos melhores trabalhos
cinematográficos recentes a discorrer sobre a 2ª Guerra Mundial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário