Uma expressiva parte da filmografia do diretor
norte-americano Clint Eastwood é composta de obras baseadas em fatos reais que
estabelecem uma espécie de inventário histórico e cultural dos Estados Unidos.
Em tais produções, o foco do diretor não se limita apenas a encenar eventos “verdadeiros”,
mas também a procurar traduzir uma série de conceitos e valores caros para o
país como o patriotismo, a moral e heroísmo. O processo artístico de Eastwood na
elaboração de tais trabalhos passa por uma abordagem formal sóbria e clássica e
uma visão temática madura que enfatiza a complexidade psicológica do contexto
histórico recriado. Dentro desse método, destacam-se produções brilhantes como “A
conquista da honra” (2006) e “Sniper americano” (2015). Ainda que não tenha a
mesma qualidade estética e textual dos filmes mencionados, “Sully – O herói do
Rio Hudson” (2016) dá continuidade ao projeto artístico-histórico de Eastwood
de maneira contundente. Ainda que se renda por vezes a alguns truques narrativos
melodramáticos convencionais, o filme consegue oferecer uma interessante
dimensão humanista para o insólito caso do comandante Sully (Tom Hanks), que em
uma situação de emergência, em janeiro de 2009, pousou um avião lotado em pleno Rio Hudson, em
Nova Iorque, e que devido à sua perícia fez com que não houvesse nenhuma vítima
fatal. De maneira sutil, prevalece na ambientação da trama um tom de
ambiguidade – mesmo ressaltando momentos de exaltação da coragem do
protagonista, a história se permite um certo clima de ressaca moral do cenário
pós-crise econômica de 2008. Nesse sentido, a forma com que Eastwood conduz a
narrativa e o teor sócio-político da trama evocam uma atualização do cinema de
Frank Capra, em que até a atuação de Hanks emula alguns maneirismos típicos de
James Stewart.
Um comentário:
Os filmes de drama são os meus preferidos, mas Sully O Heroi Do Rio Hudson se tornou no meu filme preferido. Sua historia é muito fácil de entender e os atores podem transmitir todas as suas emoções, Eu recomendo muito e estou segura de que se converterá numa das minhas preferidas.
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