Dá para dizer que “Linha de ação” (2013) é uma tentativa de
modernização de cinema noir. Tirando o fato da produção ser colorida, está lá
boa parte dos preceitos narrativos e temáticos que marcaram alguns dos
principais clássicos policiais sombrios dos anos 40 e 50. Mas como foi dito no
início desse texto, o filme do diretor Allen Hughes é apenas uma tentativa, e
bem insatisfatória por sinal. Ao invés de realizar uma recriação autoral como, por
exemplo, Roman Polanski e os irmãos Coen fizeram, respectivamente, nos
brilhantes “Chinatown” (1974) e “O homen que não estava lá” (2001), Hughes se
contentou apenas em ficar acumulando de forma mecânica e pouco inspirada
clichês formais e textuais, tendo como resultado final uma obra
despersonalizada e asséptica.
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