Em “O pequeno Nicolau” (2010), o diretor francês Laurent
Tirard tinha encontrado um equilíbrio interessante entre um certo tom ingênuo
tipicamente infantil e um grau de ironia exato, fazendo com que o filme pudesse
ser apreciado tanto pelo público infanto-juvenil quanto pelo adulto. Já nessa
sequência “As férias do pequeno Nicolau” (2014) essa química não consegue se
concretizar – a direção é burocrática, a trama é banal e não consegue gerar
tensão e interesse para o espectador, a narrativa é trôpega e engessada. No
geral, tudo parece estar tão no piloto automático que a única sensação genuína
que pode induzir é o sono. Nem crianças e nem adultos pouco exigentes
provavelmente irão apreciar um conjunto criativo tão preguiçoso e sem vida.
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