Filmes sobre apocalipse zumbi se tornaram bastante
recorrentes nos últimos anos. E é claro que o excesso de obras no gênero
provocou uma exaustão criativa a um ponto que poucas produções realmente se
destacaram por trazer algo de efetivo interesse. Dentro dessas exceções, dá
para citar o longa sul-coreano “Invasão zumbi” (2016). Aa rigor não há grandes
novidades na forma com que o diretor Yeon Sang-ho conduz a sua narrativa. O que
diferencia o filme é uma encenação muito bem azeitada, que combina na medida
certa sequências de ação frenéticas e coreografadas com precisão e momentos
intimistas entre o contemplativo e o melodrama, além da caracterização visual
dos zumbis e da direção de arte de tons pós-apocalipticos comporem um todo
imagético de forte impacto sensorial. A concepção estética e temática engendrada
por Sang-ho foge daquele padrão asséptico de horror ocidental destinado para
grandes plateias. Ou seja, pela sua atmosfera sórdida e pessimista, “Invasão
zumbi” se mostra mais em sintonia com os trabalhos referenciais de George
Romero do que com produções despersonalizadas e inexpressivas como “Guerra
mundial Z” (2013).
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