quarta-feira, dezembro 20, 2017

Éden, de Bruno Safadi **

A ficha técnica e a sinopse de “Éden” (2013) indicavam uma produção bastante promissora – uma trama tendo como subtexto a influência das igrejas evangélicas nas humildes periferias urbanas e elenco contando com nomes expressivos do cinema brasileiro contemporâneo como Leandra Leal, João Miguel e Júlio Andrade. O resultado final, entretanto, acaba sendo bem frustrante. Culpa de uma narrativa frouxa que se mostra indecisa entre um sensorialismo rarefeito e a encenação realista exagerada. Há de se considerar uma visão crítica consistente do roteiro na forma com que expõe o caráter oportunista e obscurantista de cultos religiosos perante a sociedade contemporânea, mas isso acaba perdendo parte de sua força diante da árida concepção artística do diretor Bruno Safadi.

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