A ficha técnica e a sinopse de “Éden” (2013) indicavam uma
produção bastante promissora – uma trama tendo como subtexto a influência das
igrejas evangélicas nas humildes periferias urbanas e elenco contando com nomes
expressivos do cinema brasileiro contemporâneo como Leandra Leal, João Miguel e
Júlio Andrade. O resultado final, entretanto, acaba sendo bem frustrante. Culpa
de uma narrativa frouxa que se mostra indecisa entre um sensorialismo rarefeito
e a encenação realista exagerada. Há de se considerar uma visão crítica
consistente do roteiro na forma com que expõe o caráter oportunista e
obscurantista de cultos religiosos perante a sociedade contemporânea, mas isso
acaba perdendo parte de sua força diante da árida concepção artística do
diretor Bruno Safadi.
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