A atuação de Tom Green na boa comédia “Caindo na estrada”
(2000) até despertava uma certa curiosidade em relação ao ator. Sua
interpretação era uma síntese bem engraçada de escrotidão, pastelão e
ingenuidade, ainda que por vezes caísse em exageros desnecessários. Só que as
boas promessas dessa produção acabaram descambando em um exercício de egotrip
insuportável em “Fora de casa!” (2001). Até há algumas sacadas cômicas
interessantes, principalmente em um certo caráter ousado ao gozar o
politicamente correto, mas tudo isso é botado a perder pela direção displicente
do próprio Green – a ausência de uma mão
firme conduzindo a narrativa faz com que o comediante se perca nos seus
próprios excessos, retirando boa parte da graça que algumas soluções cômicas
poderiam alcançar. Esse tremendo fracasso artístico provavelmente pode ser a
causa pelo fato de que pouco se ouça falar hoje em dia no nome do Green,
relegando o ator/diretor ao limbo cinematográfico como um sub-Jim Carrey.
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