Parece ser uma tendência no cinema contemporâneo filmes que
procuram uma síntese entre o horror e o alegórico carregado de simbolismos,
procurando subverter alguns dos principais preceitos do cinema de gênero. Nessa
perspectiva, destacam-se obras memoráveis como “Quando eu era vivo” (2014), “A
bruxa” (2015) e “Mãe” (2017). A produção brasileira “Lamparina da aurora”
(2017) trilha por caminhos artísticos parecido, mas seu resultado final é bem
frustrante. Roteiro e composição imagética até revelam ousadia na forma com que
buscam uma narrativa atmosférica baseada em metáforas visuais e temáticas.
Falta para tal narrativa, entretanto, ritmo e consistência para envolver o
espectador no que deveria ser uma espécie de vórtice sensorial perturbador e
desconcertante. Do jeito que ficou, o filme mais induz ao sono do que a uma
tensão consistente.
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