quinta-feira, outubro 05, 2017

Lamparina da aurora, de Frederico Machado **

Parece ser uma tendência no cinema contemporâneo filmes que procuram uma síntese entre o horror e o alegórico carregado de simbolismos, procurando subverter alguns dos principais preceitos do cinema de gênero. Nessa perspectiva, destacam-se obras memoráveis como “Quando eu era vivo” (2014), “A bruxa” (2015) e “Mãe” (2017). A produção brasileira “Lamparina da aurora” (2017) trilha por caminhos artísticos parecido, mas seu resultado final é bem frustrante. Roteiro e composição imagética até revelam ousadia na forma com que buscam uma narrativa atmosférica baseada em metáforas visuais e temáticas. Falta para tal narrativa, entretanto, ritmo e consistência para envolver o espectador no que deveria ser uma espécie de vórtice sensorial perturbador e desconcertante. Do jeito que ficou, o filme mais induz ao sono do que a uma tensão consistente.

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