segunda-feira, outubro 16, 2017

Quanto mais quente melhor, de Billy Wilder ****

Assim como vários outros clássicos norte-americanos da época do Star System dos grandes estúdios, “Quanto mais quente melhor” (1959) foi realizado com a intenção primeira de divertir as platéias, mais até do que se tornar uma obra de grande expressão cultural. Só que a genialidade do diretor Billy Wilder na concepção e execução da narrativa do filme teve também como resultado final um longa-metragem que pode ser considerado grande arte. Isso fica evidente em expressivos detalhes como um elegante formalismo baseado em sutis nuances imagéticas, encenação perfeitamente coreografada que sintetiza precisão e desenvoltura alucinada, roteiro engenhoso no desenvolvimento de hilários quiproquós e na elaboração dos sagazes diálogos e direção de atores que extrai atuações inesquecíveis de todo o elenco principal e de boa parte dos coadjuvantes. 

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