Diante das expectativas que sempre existem ao redor dos
lançamentos da Pixar, “O bom dinossauro” (2015) pode até parecer frustrante.
Além da narrativa convencional, o roteiro é uma espécie de amalgama de algumas
animações clássicas – situações e dilemas da trama fazem pensar numa junção das
premissas de “O rei leão” (1994) e “Procurando Nemo” (2003). Ainda que não
esteja naquele patamar artístico de produções antológicas como “Os incríveis” (2004)
e “Wall-E” (2008), o filme em questão acaba surpreendendo justamente pela
habilidade do diretor Peter Sohn em se valer dos clichês narrativos, ou seja,
todo mundo sabe o que está por vir, mas mesmo assim consegue se envolver pela
tensão dramática da narrativa e pelo carisma dos personagens. Sem apelar para
referências pop metidas a esperta ou psicologismos de araque, “O bom dinossauro”
cativa pelo tom emotivo de sua história e pelo ritmo de sua narrativa. Há
também o capricho visual característico de uma produção da Pixar, em que
estilização e realismo se entrelaçam com naturalidade e um grafismo impressionante.
Num contexto geral, é bem mais efetivo do que o superestimado “Divertida mente”
(2015).
Um comentário:
Um filme convencional da Pixar, mas não dispensável
Postar um comentário