A intenção do diretor José Eduardo Belmonte é até louvável
em “Billi Pig” (2011) – reciclar o gênero comédia na linha pastelão/chanchada
sob uma perspectiva autoral e com forte viés sócio-cultural. De certa forma, é
o que ele fez posteriormente dentro do gênero policial com o sofrível “Alemão”
(2013), logrando resultado artístico semelhante. Falta para o filme uma maior
convicção na execução de sua proposta. A encenação não tem fluência, o elenco
se perde em desempenhos caricaturais e o roteiro trabalha clichês sem maiores
inspirações. No conjunto geral, trata-se de uma obra bem distante dos melhores
momentos de Belmonte como cineasta, vide trabalhos memoráveis como “A concepção”
(2005) e “Se nada mais der certo” (2008).
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