sexta-feira, setembro 29, 2017

Bellini e o demônio, de Marcelo Galvão *

É de se elogiar a pretensão do diretor Marcelo Galvão pela concepção do que deveria ter sido “Bellini e o demônio” (2008), algo como uma releitura abrasileirada do misto de cinema noir e horror sobrenatural do clássico “Coração satânico” (1987), com direito ainda a toques da estética metafísica-delirante de David Lynch. As bem sacadas referências da obra, entretanto, não encontram uma execução à altura de suas intenções artísticas. O filme padece de uma narrativa trôpega e encenação vacilante, além da canastrice irremediável do elenco e do roteiro estapafúrdio. Diante de tais equívocos formais e temáticos, o resultado final é de uma ruindade constrangedora que por vezes acaba caindo na comicidade involuntária – no final das contas, isso até faz com que assistir ao filme de Galvão até seja uma experiência divertida!

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