Não dá para chegar ao exagero de dizer que o australiano
Roger Donaldson seja um diretor que deixe marcante um traço autoral em seus
trabalhos. Ele está mais para um competente “tarefeiro” dos grandes estúdios de
Hollywood que de vez em quando acaba apresentando obras acima da média (“Sem
saída”, “13 dias que abalaram o mundo”, “Efeito dominó”). “O novato” (2003) não
se enquadra entre os momentos de maior brilho artístico de Donaldson. Sua
narrativa e formalismo até fazem com que o espectador acompanhe o longa com
algum interesse, mas a obviedade das soluções do roteiro, a canastrice
preguiçosa do elenco e a falta de uma tensão dramática mais convincente
configuram um filme que é fácil de ver e também de esquecer.
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