terça-feira, julho 17, 2018

Gente de sorte, de Neil Burger **1/2


Filmes que retratam à volta para casa de combatentes de uma guerra já representam uma certa tradição no cinema norte-americano. Alguns dos principais conflitos nos quais o Estados Unidos esteve envolvido tiveram obras marcantes a mostrar o difícil processo de readaptação de veteranos em solo nativo, vide obras nesse sentido referentes à 2ª Guerra Mundial (“Os melhores anos de nossas vidas”) e o conflito do Vietnã (“Amargo regresso”). “Gente de sorte” (2008) adequa essa temática para a invasão do Iraque pelos norte-americanos na primeira década do século XXI. O filme do diretor Neil Burger se mantém em uma linha tênue entre o ufanista e uma perspectiva mais crítica sobre a situação dos personagens. Na verdade, prefere se manter dentro de uma estrutura narrativa que oscila entre o ameno melodrama e o discreto teor cômico. Por vezes é agradável, em outros momentos beira a insipidez. Ou seja, cabe ao espectador esperar que um dia saia uma obra mais contundente sobre o tema em questão.

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