Filmes que retratam à volta para casa de combatentes de uma
guerra já representam uma certa tradição no cinema norte-americano. Alguns dos
principais conflitos nos quais o Estados Unidos esteve envolvido tiveram obras
marcantes a mostrar o difícil processo de readaptação de veteranos em solo
nativo, vide obras nesse sentido referentes à 2ª Guerra Mundial (“Os melhores
anos de nossas vidas”) e o conflito do Vietnã (“Amargo regresso”). “Gente de
sorte” (2008) adequa essa temática para a invasão do Iraque pelos
norte-americanos na primeira década do século XXI. O filme do diretor Neil
Burger se mantém em uma linha tênue entre o ufanista e uma perspectiva mais
crítica sobre a situação dos personagens. Na verdade, prefere se manter dentro
de uma estrutura narrativa que oscila entre o ameno melodrama e o discreto teor
cômico. Por vezes é agradável, em outros momentos beira a insipidez. Ou seja,
cabe ao espectador esperar que um dia saia uma obra mais contundente sobre o
tema em questão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário