O diretor norte-americano Edward Zwick está bem longe de ser
alguém de forte traço autoral em seus filmes ou dado a grandes arroubos de
originalidade. Está mais para aquela ala de “tarefeiros” de Hollywood que pegam
sem pestanejar os projetos sem pestanejar muito os projetos que os grandes
estúdios lhes mandam. Nessa linhagem, entretanto, pode ser considerado um
cineasta competente com algumas obras memoráveis no currículo, principalmente
no gênero ação, como “O último samurai” (2003) e “Diamante de sangue” (2006).
Diante desse cenário, “Jack Reacher: Sem retorno” (2016) acaba sendo uma
considerável decepção, pois consegue ser ainda mais genérico e sem graça que o
primeiro longa da franquia, “Jack Reacher: O último tiro” (2012). Zwick conduz
a narrativa de maneira mecânica e asséptica, adjetivos que também poderiam se
aplicar com exatidão para a atuação de Tom Cruise no papel-título. E o pior é
que nem dá dizer que o filme está em sintonia com o que vem sendo feito no
gênero nos últimos anos, pois a franquia “John Wick”, por exemplo, vem
comprovando que ainda pode haver muita criatividade nas produções de ação e
aventura.
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