É claro que é compreensível produtores e demais executivos
quererem retomar uma franquia cinematográfica lucrativa. Afinal, é mais fácil
trazer de voltar uma fórmula narrativa já testada e aprovada pelas grandes
plateias do que procurar algum novo filão criativo/comercial. Em alguns casos,
essa reciclagem, além da grana fácil para quem investiu na ideia, pode render
alguma coisa relevante em termos narrativos/artísticos. Não é o caso de “Jason
Bourne” (2016). A impressão final que se tem ao assistir à obra em questão é
que tudo aquilo que poderia haver de interessante e divertido em relação ao
personagem e seu universo se esgotou em “A supremacia Bourne” (2004) e “O ultimato
Bourne” (2004). O roteiro é um mero compêndio de ideias requentadas, o diretor
Paul Greengrass se limita a repetir de maneira irritante e cansativa todos os
seus habituais maneirismos estéticos/cênicos e Matt Damon nem se esforça muito
em sair de um registro dramático inexpressivo. Assim, não poderia haver outro
resultado final que não fosse enfadonho e perfeitamente esquecível.
Um comentário:
Não discuto crítica de cimema, mas vou dizer que o Legado Borne, ao qual você não se referiu, é o melhor de todos.
Renato Kern
rekern@me.com
http://rekern1.blogspot.com.br/
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