A combinação de comédia farsesca e aventura de “Mortdecai –
A arte da trapaça” (2015) poderia ter resultado em uma experiência
cinematográfica interessante. Uma direção menos previsível e com alguma
sutileza em termos de encenação teria chances de entregar um resultado final
memorável na linha do divertido (e subestimado) “Hudson Hawk – O falcão está à
solta” (1991) ou mesmo de alguns exemplares antológicos da franquia da Pantera
Cor de Rosa. A forma com que o cineasta David Koepp conduz a narrativa,
entretanto, é tão mão pesada e despersonalizada que o máximo que consegue é
induzir o sono ao espectador. Faltam vigor para as cenas de ação, alguma graça
para os momentos pretensamente mais espirituosos e ousadia na concepção visual,
além das atuações do elenco principal caírem em um tom caricatural frágil e
banal.
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