A produção espanhola “Tarde para la ira” (2016) busca
narrativa e encenação de caráter mais realista dentro do já manjado subgênero “filmes
de vingança”. A ação se desenvolve num bairro popular, com momentos importantes
da trama se situando também em periferias barra-pesadas. A forma com que o
diretor Raúl Avéralo conduz a narrativa é tão desprovida de vigor e criatividade,
entretanto, que o resultado final está muito para mais novela mexicana com alguma
violência gráfica mais brutal em sequencias pontuais do que um filme na linha
policial/suspense. Faltou maior consistência dramática, atuações menos
caricaturais do elenco e uma concepção estética-visual um pouco mais ousada
para afastar a obra do meramente derivativo e esquecível.
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