No gênero comédia, o diretor norte-americano David Wain
provou que pode ir da paródia constrangedora (“Encontros e desencontros do amor”)
até a ótima sátira (“Mais um verão americano”). Em “Viajar é preciso” (2012) ele
prova que pode também ficar no meio do caminho. O filme tem até um terço
inicial promissor, ao fazer uma espécie de cômica crônica de costumes narrando
a história de um típico casal nova-iorquino pequeno-burguês que acaba arruinado
economicamente e meio por acidente passa a viver em uma comunidade hippie no
interior. Há boas piadas e mesmo um certo teor crítico no filme, mas aos poucos
tudo vai se amoldando de maneira cômoda e sem maiores inspirações em um formato
de conto moral conservador e previsível. Não chega a ser especialmente ruim
como obra cinematográfica, mas também está bem longe de ser considerável
memorável.
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