sexta-feira, novembro 09, 2018

Invasão a Londres, de Babak Najafi *


“Invasão a Casa Branca” (2013) trazia um grande diferencial na sua realização: o nome de Antoine Fuqua na direção, um expressivo nome do gênero ação nos últimos anos. E apesar de todas as patriotadas típicas dessa linhagem de filmes, havia alguns elementos narrativos que elevavam o patamar artístico da produção, principalmente nas coreografias de pancadarias, explosões e tiroteios que remetiam a alguns clássicos do cinema de ação casca-grossa dos anos 80. A ausência de Fuqua é bastante sentida na continuação “Invasão a Londres” (2016), pois o diretor Babak Najafi envereda por uma abordagem derivativa e sem graça para a narrativa. O resultado final é uma obra enfadonha e desprovida de qualquer personalidade, incapaz de gerar alguma tensão e empatia para o espectador. Nesse contexto, a visão de mundo maniqueísta e o ufanista discurso bélico pró-americano do roteiro se mostram mais insuportáveis e asquerosos.

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