O diretor Noah Baumbach é um dos nomes mais expressivos do
cinema independente contemporâneo – a afirmação pode ser óbvia, mas é difícil
não sair dela. Para o bem e para o mal. Assim como já mostrou em alguns
trabalhos que é capaz de memoráveis picos criativos, em outros deixou evidente
uma certa autoindulgência na forma superficial e previsível com que tratou
temáticas típicas dessa linhagem cinematográfica, principalmente quando se
voltou para o gênero melodrama que trata de questões geracionais. “Tempo de
decisão” (1995), uma das primeiras produções que dirigiu, é um exemplar claro
dessa tendência de Baumbach em se voltar para o próprio umbigo sob um olhar
estético bastante convencional, ainda que se pretenda a formular narrativa e
formalismo metidos a moderninho. Em um contexto geral, não chega a ser
exatamente ruim. É tudo apenas irrelevante e esquecível em suas ideias e
formulações mofadas.
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