A ambição de Ben Affleck para “A lei da noite” (2016)
aparenta ser grande. Retomando o gênero dos filmes de gangsteres “à antiga”, a
obra sugere uma cruza entre a estética barroca de “Ajuste final” (1990) com o
romantismo grandioso de “O poderoso chefão” (1972) e “Era uma vez na América”
(1984). Ainda que Affleck não tenha o estofo artístico dos diretores dos filmes
mencionados, o talento narrativo que havia demonstrado no policial “Atração
perigosa” (2010) o credenciava a uma experiência cinematográfica no mínimo memorável.
O resultado final de “A lei da noite”, entretanto, mostra-se aquém das
expectativas e de suas boas referências. Ainda que o trabalho de direção de
arte seja caprichado e algumas sequências de ação sejam bem movimentadas e
divertidas, faltou para a produção uma encenação mais encorpada e de maior
densidade dramática. O filme até conta com um bom elenco, mas que se perde numa
direção de atores um tanto frouxa e que faz as interpretações oscilarem entre o
inexpressivo e o caricato. O que, de certa forma, acaba sendo uma síntese
daquilo que dá errado no filme. Pode-se perceber no subtexto do roteiro uma
intenção de profundidade psicológica e mesmo de uma sofisticada simbologia a
mostrar os dilemas sócio-culturais dos Estados Unidos nos anos 20 no que diz
respeito a questões complexas como criminalidade, racismo e o conturbado
cenário econômico da época. Ocorre que a mão de Aflleck como diretor se mostra
pesada e pouco sutil, fazendo com que “A lei da noite” se configure como uma
incômoda combinação de academicismo e pastiche. Repare-se, por exemplo, na
sequência em que o protagonista Joe Coughlin (Aflleck) discursa perante um
banqueiro contra as hipocrisias do sistema financeiro norte-americano – as ideias
do texto são coerentes e contundentes, mas a forma com que a cena é executada é
primária e sem efetivo impacto dramático.
Um comentário:
É um dos melhores filmes que já vi, a história deixa você intrigada! Adoro os filmes de drama! Atualmente o meu preferido é A lei da Noite, Uma historia cheia de cenas que me encheram de gargalhadas e que me divertiram de tarde, porém considero que é um filme feito só para jovens, por que tem um humor muito característico da juventude atual.
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