Para quem está cansado das fórmulas assépticas da maioria
das produções de horror que aparecem nos últimos anos no cinema, talvez dar uma
garimpada em locadoras de DVDs ou mesmo pela internet possa ser uma saudável
solução. Nessa procura, vale à pena dar uma conferida em “O ajudante de satã”
(2004). O filme está longe de ser uma obra-prima e os recursos de produção são
limitados. É inegável também, entretanto, que o diretor Jeff Lieberman tem criatividade
e competência suficientes para entregar uma obra perturbadora e divertida. O
roteiro é repleto de situações com combinam com naturalidade tensão e ironia,
há uma atmosfera constante de sordidez, o grafismo das sequências de violência
e escatologia impressiona pelo seu detalhismo brutal. O resultado final dessas
boas sacadas narrativas é um memorável conto de horror perverso e sardônico, e
por vezes até surpreendente nas soluções de sua trama que fogem dos moralismos
fáceis.
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