O subtítulo nacional de “Muscle Shoals – Um lendário estúdio
de rock” (2013) é quase autoexplicativo em relação à obra em questão. É
impreciso, porém, porque o estúdio em questão abarcou outros gêneros musicais,
estendendo-se também para o pop, o reggae e, principalmente, para o rhythm and
blues e o soul. Nesses últimos gêneros, aliás, revela um dado curioso e
fascinante – o fato de que a grande maioria dos músicos de apoio que fizeram
algumas das bases rítmicas mais balançantes e memoráveis da cancioneiro
norte-americano eram brancos! O documentário se concentra em dois itens
básicos: é bastante informativo e revela imagens de arquivos preciosas. Além, é
claro, de mostrar algumas das gravações mais emblemáticas que o estúdio
produziu. A mitologia do rock, do rhythm and blues e do soul apresenta muitos
casos de figuras obscuras que foram responsáveis por vários momentos
antológicos em álbuns e compactos, mas que ficaram relegados em notas de
rodapés por não serem figuras carismáticas ou chamativas. Nesse sentido, “Muscle
Shoals” consegue trazer à tona alguns desses importantes músicos, mostrando
suas biografias atribuladas e a importância que tiveram na concretização do
imaginário musical norte-americano das últimas décadas, o que faz dessa
produção um programa obrigatório tanto para aficionados de primeira hora quanto
para neófitos.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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