Hoje em dia dá para dizer que a diferenciação em termos
narrativos entre produções norte-americanas e europeia é praticamente nula. Na
tentativa de ganhar pontos com as plateias acostumadas com convencionalidades
formais e temáticas, boa parte dos filmes provenientes do velho mundo se
acomodam a fórmulas bem definidas e previsíveis. Se alguns anos atrás a
premissa principal da trama de “Bistrô Romantique” (2012) viesse a nossos
olhos, logo se pensaria em uma abordagem densa e profunda: dentro do espaço de
um pequeno restaurante na noite do dia dos namorados, o roteiro foca os
encontros e desencontros de diversos relacionamentos amorosos, trazendo um viés
questionador na forma com que expõe as agruras de casamentos, namoros e afins.
No moldes do que se faz hoje em dia no gênero drama, entretanto, a obra do
diretor belga Joël Vanhoeubrock se adapta a um forma óbvia e banal. Até dá para
sentir uma certa sobriedade nos composições dramáticas de parte do elenco, além
da condução da narrativa ser agradável no seu ritmo e algumas situações do
roteiro poderem criar alguma empatia ou identificação com parcelas do público.
Mas isso é muito pouco para tornar “Bistrô Romantique” algo efetivamente
memorável.
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