Para aqueles que tem aversão por sequências, continuações e
afins, um aviso logo de cara: assistir ou não ao primeiro “Operação Invasão”
(2011) é praticamente irrelevante para se entender a trama dessa segunda parte
(o único senão é que quem não assistiu ao primeiro filme está perdendo um belo
exemplar do gênero ação/policial), pois em qualquer uma das duas produções o
roteiro não é exatamente o maior atrativo. Não que se tenha uma história ruim –
em “Operação invasão 2” (2014) a história até que é bem convincente em seus
desdobramentos e serve como um bom complemento para aquilo que realmente
interessa na obra em questão, ou seja, a narrativa alucinada e sequências de
ação dirigidas com um extremo esmero gráfico. O diretor britânico Gareth
Edwards se supera em relação ao primeiro filme no sentido de diversidade e
virtuosismo estéticos. As cenas de porradaria, perseguições e tiroteios apresentam
coreografia e encenação que beiram o surreal tanto no seu detalhismo cênico
quanto na precisão dos movimentos. A direção de fotografia capta esse frenesi
visual sem apelar para os maneirismos contemporâneos do gênero (câmera tremendo
ou fora de foco, iluminação difusa), fazendo com que posse perceber cada nuance
no desenvolvimento da ação. Contribui também para o resultado imagético explosivo
de “Operação invasão 2” o fato de ser uma produção fora do âmbito dos grandes
estúdios norte-americanos, fazendo que a violência explícita seja muito mais
acentuada e chocante. Se entre a primeira e a segunda parte houve toda essa
evolução artística, é de se até imaginar como seria algumas eventuais
continuações...
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