quinta-feira, março 17, 2016

Tenebre, de Dario Argento ***

É evidente que “Tenebre” (1982) é uma obra menor dentro da filmografia do cineasta italiano Dario Argento. Depois de um período em que enveredou na vertente do horror sobrenatural (e que rendeu trabalhos excepcionais como “Suspiria” e “Mansão do inferno”), o cineasta voltou para os preceitos narrativos típicos do gênero giallo que havia ajudado a consagrar em obras-primas como “O pássaro das plumas de cristal” (1970) e “Prelúdio para matar” (1975). Ainda que não alcance a mesma dimensão artística das obras mencionadas, “Tenebre” tem um resultado final expressivo e memorável, principalmente devido aos momentos em que os habituais barroquismos visuais de Argento se afloram com mais intensidade, tanto no grafismo violento e delirante quanto numa certa atmosfera de sordidez, o que acaba compensando uma narrativa trôpega e irregular.

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