Em sua concepção artística-narrativa, “Saint Amour – Na rota
do vinho” (2016) apresenta uma intrigante conjunção de preceitos formais e
temáticos, misturando estética realista, atmosfera libertária, traços de
comicidade ingênua, crítica social e truques sentimentais. Tal receita é até
simpática por vezes, rendendo momentos genuinamente engraçados e outros
desconcertantes. Predomina, entretanto, uma percepção de uma obra que avança em
sua narrativa de maneira desajeitada, faltando um rigor mais consistente na
direção de Benoit Delépine e Gustave Kervern. Se houvesse um maior controle na
junção de tais elementos tão diversos talvez o impacto sensorial e textual da
obra fosse bem maior para o espectador.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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