O diretor Michael Bay aparenta em “Transformers 5: O último
cavaleiro” (2017) um desespero para mostrar que está em sintonia com aquilo que
está “na moda” em termos de produções blockbusters. A trama do filme é uma
espécie de compêndio das tendências temáticas que estão “dando certo” nos
últimos anos – ficção apocalíptica estilo “Jogos Vorazes”, narrativa de
cavaleiros na linha “Game of Thones”/”Rei Arthur”, atmosferas “sombrias” que
lembram a série “Alien”. Essa junção disparatada de referências, entretanto,
nunca dá liga devido a uma encenação primária e a um roteiro repleto
incongruências e simplificações constrangedoras. Aliás, Anthony Hoplins devia
estar precisando urgentemente de uma grana para aceitar passar mais duas horas
com um ar abobalhado em cena. O fato é que no primeiro filme da franquia
lançado em 2007 havia mais convicção e criatividade artísticas que tornavam as bobagens
da trama até palatáveis. Desde lá, a qualidade das continuações seguintes
despencou ladeira abaixo até chegar no limite do insuportável desse “O último
cavaleiro”. E como as últimas notícias dizem que Bay está preparando mais
continuações da franquia, é provável que as coisas ainda não tenham chegado ao
fundo do poço...
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