O Feitiço de Áquila, de Richard Donner ***1/2
Uma das coisas que mais impressiona nessa fantasia de 1985 é o fato do diretor Richard Donner conseguir deixar a sua marca de mestre do cinema de aventura moderna mesmo dentro do contexto histórico medieval. A direção de arte de “O Feitiço de Áquila” é bem cuidada, mas não tem a pretensão da fidelidade temporal. Na verdade, o fato do filme se passar na Idade Média é apenas um eficiente pano de fundo para uma eletrizante produção de ação típica de Donner. E nisso o cara é tremendamente competente: o ritmo da narrativa é frenético, com seqüências de ação na medida certa, com Donner sabendo o momento certo de tirar o pé do acelerador, enfocando na dose precisa a bela e mágica história de amor entre o casal amaldiçoado (Michelle Pfeiffer e Rutger Hauer). Além disso, o cineasta mostra mão cheia na comédia ao conseguir ótimas seqüências cômicas com o então astro em ascensão Matthew Broderick que interpreta um ladrão desastrado que ajuda o casal protagonista.
Outro aspecto bem interessante de “O Feitiço de Áquila” é a sua trilha sonora. A música composta por Andrew Powell não lembra em nada temas referentes à Idade Média, estando muito mais para o pop dos anos 80. O que poderia causar estranhamento na verdade casa com perfeição com a proposta estética de Donner de fazer um filme de época modernizado. O resultado da combinação música e imagem acaba tendo um efeito bem singular.
“O Feitiço de Áquila” não está no meu Top 5 Richard Donner, mas mesmo assim considero como um belo exemplar do estilo Donner de filmar.
Um comentário:
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