O estilo cru de filmar em “O Casamento de Rachel” (2008) salta aos olhos: iluminação natural, trilha sonora praticamente tocada ao vivo, a maioria das cenas filmadas com câmera na mão. Os mais desavisados podem até ficar achando que o cineasta Jonathan Demme esteja querendo imitar os filmes do Movimento Dogma 95 ou querendo fazer uma pose de “cinema independente”. A verdade é que as raízes de Demme, antes que ele entrasse definitivamente no “mainstream” com o “Silêncio dos Inocentes” (1991), sempre estiveram ligadas ao lado B do universo cinematográfico norte americano. Dessa forma, fazer um filme fora dos padrões de Hollywood não é novidade para ele. E essa escolha por uma abordagem formal menos suntuosa é mais do que adequada para o efeito que ele queria obter em “O Casamento de Rachel”, obra que busca retratar as relações humanas de forma mais direta e sem sentimentalismos excessivos. A caracterização de personagens e situações impressiona e também incomoda no sentido das emoções brutas que retrata.
É claro que não dá para falar sobre “O Casamento de Rachel” sem mencionar a beleza de sua trilha sonora. Cineasta fortemente ligado à música, vide as inesquecíveis canções que abrilhantavam “Totalmente Selvagem” (1986) ou o revolucionário documentário “Stop Making Sense” (1984), Demme pontua o seu filme com uma riqueza estonteante de melodias e ritmos (rock, country, folk, rap, música celta e até mesmo samba!). A cereja do bolo nesse aspecto, entretanto, está na marcante seqüência da cerimônia de casamento em que o noivo canta para a amada a bucólica “Unknown Legend”, pequena jóia do repertório de Neil Young. Aliás, tal momento complementa a parceria marcante do bardo canadense com o diretor, depois da canção título de “Filadélfia” (1993) e do extraordinário documentário “Neil Young: Heart of Gold” (2005), ambos os filmes dirigidos por Demme.
É claro que não dá para falar sobre “O Casamento de Rachel” sem mencionar a beleza de sua trilha sonora. Cineasta fortemente ligado à música, vide as inesquecíveis canções que abrilhantavam “Totalmente Selvagem” (1986) ou o revolucionário documentário “Stop Making Sense” (1984), Demme pontua o seu filme com uma riqueza estonteante de melodias e ritmos (rock, country, folk, rap, música celta e até mesmo samba!). A cereja do bolo nesse aspecto, entretanto, está na marcante seqüência da cerimônia de casamento em que o noivo canta para a amada a bucólica “Unknown Legend”, pequena jóia do repertório de Neil Young. Aliás, tal momento complementa a parceria marcante do bardo canadense com o diretor, depois da canção título de “Filadélfia” (1993) e do extraordinário documentário “Neil Young: Heart of Gold” (2005), ambos os filmes dirigidos por Demme.