quarta-feira, novembro 28, 2007

A Dama de Honra, de Claude Chabrol ****


Sempre que a gente acha que o cinema francês está excessivamente coxinha com filmes sem inspiração e excessivamente verborrágicos, acaba aparecendo Claude Chabrol para mostrar que ainda há gente com culhões por aquelas bandas. “A Dama de Honra” não apresenta maiores novidades no velho estilo Chabrol, mas nem precisava, pois o cara atingiu um nível tão foda que dispensa inovações. A tensão psicológica e a elegância no filmar do velho mestre francês mostram que ele é um dos melhores discípulos que Hitchcock já teve. “A Dama de Honra” impressiona também pela caracterização de seus personagens: em meio a uma assassina fria e sexy e um pobre coitado que não sabe o que fazer direito, há uma dureza emocional em que não existe espaço para redenção ou outros tipos de concessões. O resultado acaba sendo um dos suspenses mais impressionantes dos últimos anos.

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