Na área de adaptações cinematográficas de quadrinhos Marvel, “Motoqueiro Fantasma” não atinge os níveis de ruindade de “Demolidor” e “Elektra”, mas também está bem distante do brilhantismo de “Homem Aranha 2” e “X-Men 2”. Para quem conhece o gibi original, dá até para perceber que o diretor Mark Steven Johnson preservou alguns elementos importantes da mitologia do personagem-título. O problema é que tudo ficou rasteiro demais. Para um super-herói que tem poderes originados do inferno e cujo principal oponente é o próprio diabo, faltou tensão e maior dinâmica. Tudo se resolve rápido demais e os adversários do Motoqueiro Fantasma são tão mequetrefes que em algumas situações com apenas um golpe ele detona oponentes que deveriam ser extremamente perigosos. O próprio Nicolas Cage não parece se levar muito a sério no papel de protagonista, sendo que se tem a constante impressão de que a qualquer instante ele vai começar a rir da coisa toda (o que é de se estranhar, afinal Cage se diz fã de longa data do personagem). Mas no geral, o filme não é ruim, tendo uns efeitos especiais bem legais. O problema é que no final acabamos pensando o que o filme teria rendido nas mãos de um cineasta com mais culhões como John Milius ou Paul Verhoeven.
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