terça-feira, abril 15, 2008

A Morta Viva, de Jacques Tourneur ****


O título em português desse filme clássico de Jacques Torneur lançado em 1943 pode fazer supor que seja uma produção podreira sobre zumbis. Mas o caso aqui é quase que o oposto. Assim como na sua outra obra-prima “Sangue de Pantera” (1942), o mestre dos filmes de horror da RKO prefere investir na construção de atmosferas sombrias e no suspense psicológico, onde a tensão vem muito mais do que é sugerido do que é realmente mostrado. Tourneur obtém seqüências de uma beleza visual perturbadora, principalmente naquela em que a enfermeira Betsy (Frances Dee) segue a Senhora. Holland (Edith Barrett) no meio de uma floresta sombria e enevoada. As trucagens são simples e econômicas, mas contribuem fantasticamente com o raro encanto sensorial de “A Morta Viva”. O resultado de tantas virtudes cinematográficas é um filme que envelheceu quase nada.

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