segunda-feira, agosto 03, 2009

Belle Toujours, de Manoel Oliveira ***


Confesso que a minha expectativa para “Belle Toujours” (2006) não era das maiores. Afinal, nunca fui muito fã do cineasta português Manoel de Oliveira. Além disso, querer fazer uma continuação da obra-prima “A Bela da Tarde” (1967) de Luis Bunuel pode soar pretensioso demais. Mas o resultado final é surpreendente. Oliveira sabe que seria quase impossível fazer uma obra à altura do original, sendo que dessa forma prefere concentrar sua narrativa em uma visão sarcástica sobre a velhice dos principais personagens do clássico de Bunuel. A trama oscila entre o monótono e até mesmo um certo tom mágico, fazendo com que “Belle Toujours” funcione como uma discreta e bem humorada homenagem a um dos grandes momentos da história do cinema.

Nenhum comentário: