“Alguém Tem de Ceder” (2003) é aquele tipo de produção que gosta de tirar uma onda de que é uma obra madura, inteligente, sofisticada, sensível ou coisa que o valha, e supostamente seria uma espécie de contraponto aos brutais e descerebrados filmes de aventura com efeitos especiais que domina os nossos cinemas por aí. Pura cascata!! É só dar uma sacada no roteiro para perceber a lorota: coroa ricaço, boa vida e que só sai com jovenzinhas gostosas (Jack Nicholson) conhece escritora sessentona de prestígio (Diane Keaton), mãe de uma de suas conquistas, que faz com que ele reveja seus conceitos. E, é claro, os dois se apaixonam. Ah, e para provar como a tal da senhora é uma mulher realmente fascinante, um médico (Keanu Reeves) com metade da idade dela também se encanta com a mesma e passa a disputar com o tal coroa quem vai ficar com a nossa heroína. Como vocês podem ver, tudo bem mais profundo e adulto que essas bobagens de “Senhor dos Anéis”, “Harry Potter”, “Homem Aranha” e afins... Mas o que me incomoda realmente em “Alguém Tem de Ceder” é a sua absoluta falta de vida: não é a previsibilidade da trama o problema, mas sim a direção mecânica e burocrática de Nancy Meyers que tira qualquer traço de vitalidade e espontaneidade do filme. O que resta é Diane Keaton reprisando os mesmos faniquitos de sempre e Jack Nicholson mantendo a mesma expressão aparvalhada durante todo o filme (justiça seja feita: mesmo assim o cara continua muito acima da média).
Um comentário:
Adorei seu blog!Também sou cinéfila e no meu blog postei recentemente resenhas sobre minhas recentes visitas ao cinema: "Ao Entardecer","O Procurado" e "Ensaio Sobre a Cegueira".Vai lá ver e vê se comenta!
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