Comparada com a obra original de 1933, essa versão mais recente de “King Kong” (2005) perde no quesito concisão, sendo que as mais de três horas de duração acabam se revelando um pouco excessivas. Apesar disso, a versão das aventuras do gorilão de Peter Jackson é disparada uma das grandes experiências cinematográficas dos últimos anos.
Os momentos iniciais em Nova Iorque e durante a viagem da expedição até a Ilha da Caveira são muito bem delineados, mas na realidade servem muito mais como elementos de expectativa, pois o filme se torna realmente monumental quando a expedição chega ao seu destino. A partir desse momento, teremos algumas das seqüências de ação, praticamente ininterruptas, mais delirantes já assistidas. Dos tensos e assustadores conflitos entre a expedição e os macabros nativos até a captura de Kong, Jackson orquestra uma aventura insana regada a muita morte, destruição e selvageria, com alguns breves e belos interlúdios românticos entre Ann Darrow (Naomi Watts) e o gorilão. O genial diretor neo-zelandês joga o bom senso e a contenção para o alto, sendo que o seu filme tem até uma incrível e absurda seqüência em que uma manada de dinossauros corre em disparada e capota espetacularmente. Aliás, isso é uma coisa que precisa ser dita: "King Kong" é o melhor filme de dinossauros que já assisti nos cinemas. Mas certamente o auge nessa loucura toda perpetrada por Jackson é o longo e violento combate travado entre Kong e três tiranossauros rex em que cada segundo é maravilhosamente indispensável.
Na parte final de "King Kong", a ação volta novamente para Nova Iorque com o nosso amigo primata capturado. Jackson dá uma freada no ritmo frenético das seqüências na Ilha da Caveira, mas essa desaceleração é breve. Logo depois, o embate final entre Kong e os aviões no topo do Empire State é realizado com um requinte visual e emocional ainda maior que nas versões anteriores. O momento em que os aviões surgem pela primeira vez deveria constar em uma antologia de cenas marcantes da história do cinema.
Como saldo final, pode-se dizer com certeza que "King Kong" é o melhor filme de Jackson desde "Almas Gêmeas" (1994), mostrando que mesmo trabalhando dentro de um "esquemão" Hollywood ele consegue marcar de forma indelével a sua concepção original, insana e apaixonada de cinema, conhecida desde as suas obras-primas iniciais como "Fome Animal" (1982) e "Meet The Feebles" (1989).
Os momentos iniciais em Nova Iorque e durante a viagem da expedição até a Ilha da Caveira são muito bem delineados, mas na realidade servem muito mais como elementos de expectativa, pois o filme se torna realmente monumental quando a expedição chega ao seu destino. A partir desse momento, teremos algumas das seqüências de ação, praticamente ininterruptas, mais delirantes já assistidas. Dos tensos e assustadores conflitos entre a expedição e os macabros nativos até a captura de Kong, Jackson orquestra uma aventura insana regada a muita morte, destruição e selvageria, com alguns breves e belos interlúdios românticos entre Ann Darrow (Naomi Watts) e o gorilão. O genial diretor neo-zelandês joga o bom senso e a contenção para o alto, sendo que o seu filme tem até uma incrível e absurda seqüência em que uma manada de dinossauros corre em disparada e capota espetacularmente. Aliás, isso é uma coisa que precisa ser dita: "King Kong" é o melhor filme de dinossauros que já assisti nos cinemas. Mas certamente o auge nessa loucura toda perpetrada por Jackson é o longo e violento combate travado entre Kong e três tiranossauros rex em que cada segundo é maravilhosamente indispensável.
Na parte final de "King Kong", a ação volta novamente para Nova Iorque com o nosso amigo primata capturado. Jackson dá uma freada no ritmo frenético das seqüências na Ilha da Caveira, mas essa desaceleração é breve. Logo depois, o embate final entre Kong e os aviões no topo do Empire State é realizado com um requinte visual e emocional ainda maior que nas versões anteriores. O momento em que os aviões surgem pela primeira vez deveria constar em uma antologia de cenas marcantes da história do cinema.
Como saldo final, pode-se dizer com certeza que "King Kong" é o melhor filme de Jackson desde "Almas Gêmeas" (1994), mostrando que mesmo trabalhando dentro de um "esquemão" Hollywood ele consegue marcar de forma indelével a sua concepção original, insana e apaixonada de cinema, conhecida desde as suas obras-primas iniciais como "Fome Animal" (1982) e "Meet The Feebles" (1989).
Um comentário:
Demasiado longo e pretensioso. Peter Jackson inchou a fita com intermináveis cenas "de arte" para dar ao filme ares épicos. Se tirassem todas as tomadas'artísticas' da maquinaria do navio, closes de copos quebrando, de pores do sol dourados, e outras coisas 'lindas', o filme teria uma hora a menos e seria assistível.
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