“Leonera” (2008) aborda em sua trama algumas questões que por várias vezes já foram vistas nas telas: quotidiano na prisão, julgamentos injustos, maternidade colocada à prova em situação extrema. Mesmo não trazendo novidades, é uma produção que impressiona pela contundência e objetividade com que o diretor argentino Pablo Trapero se utiliza para filmar. Não há uma preocupação de criar empatia da protagonista com o público, sendo que as situações mostradas ao longo da trama são tão realistas que por vezes se tem a impressão de se estar assistindo a um documentário. O naturalismo das seqüências de nudez, a sexualidade crua dos personagens e a maneira sem concessões de retratar as relações humanas formam um conjunto perturbador que tem um impacto ainda maior associado à fotografia nada estilizada do filme.
Mesmo não tendo um resultado final tão satisfatório quanto “A Família Rodante” (2004) e “Nascido e Criado” (2006), obras anteriores de Trapero, “Leonera” é um filme que confirma o nome desse cineasta como um dos mais interessantes no atual cinema argentino.
Mesmo não tendo um resultado final tão satisfatório quanto “A Família Rodante” (2004) e “Nascido e Criado” (2006), obras anteriores de Trapero, “Leonera” é um filme que confirma o nome desse cineasta como um dos mais interessantes no atual cinema argentino.
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