quarta-feira, janeiro 17, 2018

A flor do mal, de Claude Chabrol ***

A síntese entre suspense aos moldes de Hitchcock e drama intimista-familiar praticada por Claude Chabrol em “A flor do mal” (2003) já teve resultados mais impactantes em outras do diretor francês. Ainda assim, trata-se de um filme memorável pela forma elegante e precisa com que o cineasta conduz a narrativa, além da atmosfera que permeia a trama que concilia sordidez, distanciamento e um suave erotismo. Também é interessante a forma com que o subtexto de teor histórico e político do roteiro se insinua para o espectador – em meio a tradicionais situações e viradas na trama típicas de um filme de mistério, há uma sutil reflexão sobre o fantasma nazista a influenciar a sociedade europeia mesmo após décadas do fim da 2ª Guerra Mundial.

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