Elsa e Fred - Um Amor de Paixão, de Marcos Carnevale *
Um dia desses me perguntaram por que eu considero “Elsa e Fred” um filme medíocre e o que seria medíocre na minha concepção. É simples. O que considero medíocre em tal filme não tem a ver com roteiro ou produção, até porque geralmente não é isso que determina que um filme seja medíocre ou não. Há filmes com roteiros cretinos, mas que são magníficos, como "Com a Bola Toda" ou "Debi e Lóide", assim como existem outros de produção precária, mas que são altamente criativos e bem feitos como "El Mariachi" e o primeiro "Mad Max". "Elsa e Fred" é até bem produzido, mas não passa disso. Não há um pingo de tesão no filme. Tudo é tão mecânico que parece que em nenhum momento o mesmo respira. Eu considero que a temática do amor na terceira idade é realmente bem interessante, mas o jeito que o diretor Marcos Carnevale trata é da forma mais trouxa possível. Transforma o casal de idosos em um par de velhinhos bonitinhos, engraçadinhos e fofinhos, ou seja, parecem figuras pouco humanas e muito caricatas. A verdade é que é um filme onde tudo é bem digerido, para agradar o público mesmo. Não há espontaneidade, não há preocupação em fazer cinema. Há apenas a preocupação em ser edificante e dar uma lição de vida simplória. E a pretensa homenagem que se faz a "Doce Vida", do Fellini, é patética, pois não tem nada a ver com o espírito original de tal obra-prima. A impressão que se tem é que Carnevale nunca viu esse clássico da história do cinema.
Um dia desses me perguntaram por que eu considero “Elsa e Fred” um filme medíocre e o que seria medíocre na minha concepção. É simples. O que considero medíocre em tal filme não tem a ver com roteiro ou produção, até porque geralmente não é isso que determina que um filme seja medíocre ou não. Há filmes com roteiros cretinos, mas que são magníficos, como "Com a Bola Toda" ou "Debi e Lóide", assim como existem outros de produção precária, mas que são altamente criativos e bem feitos como "El Mariachi" e o primeiro "Mad Max". "Elsa e Fred" é até bem produzido, mas não passa disso. Não há um pingo de tesão no filme. Tudo é tão mecânico que parece que em nenhum momento o mesmo respira. Eu considero que a temática do amor na terceira idade é realmente bem interessante, mas o jeito que o diretor Marcos Carnevale trata é da forma mais trouxa possível. Transforma o casal de idosos em um par de velhinhos bonitinhos, engraçadinhos e fofinhos, ou seja, parecem figuras pouco humanas e muito caricatas. A verdade é que é um filme onde tudo é bem digerido, para agradar o público mesmo. Não há espontaneidade, não há preocupação em fazer cinema. Há apenas a preocupação em ser edificante e dar uma lição de vida simplória. E a pretensa homenagem que se faz a "Doce Vida", do Fellini, é patética, pois não tem nada a ver com o espírito original de tal obra-prima. A impressão que se tem é que Carnevale nunca viu esse clássico da história do cinema.
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