A linha básica da trama de "Rota Suicida" é bem simples, girando em torno da história do policial durão e alcoólatra Ben Shockley (Clint Eastwood, numa variação eficiente do seu clássico papel de Dirty Harry) que deve proteger a prostituta Gus Mally (Sondra Locke), testemunha de um caso envolvendo corrupção policial. É claro que alguns homens da lei envolvidos não querem deixar barato, sendo que Schockley é incriminado injustamente e é obrigado a fugir com a sua protegida. Esse fio de roteiro pode parecer banal, e realmente não tem nada demais. O grande mérito de Eastwood é justamente extrair disso um eletrizante filme de ação. Mesmo com uma série de clichês, ele consegue fazer um filme tenso, impactante e que prende a atenção de quem assiste de forma implacável.
Como bom pupilo do mestre Don Siegel, com quem já havia trabalhado em uma série de filmes magníficos como "Perseguidor Implacável" e "Meu Nome é Coogan", Eastwood sabe que originalidade de roteiro não é algo que conta muito para se fazer um bom filme policial. O bom diretor desse gênero sabe que o que importa é fazer um trabalho bem cuidado em termos de edição, fotografia e caracterização de personagens, e é isso que é determinante para dar agilidade narrativa para um filme, não importando as obviedades do roteiro. Nesse sentido, Eastwood mostra entender do riscado como poucos em "Rota Suicida". Dispensando maiores efeitos e utilizando-se de uma montagem equilibrada e fotografia limpa, o diretor cria seqüências de ação de tirar o fôlego, como aquela em que Shockley tenta escapar em uma moto da perseguição incessante de um helicóptero. Fantástica também é toda a seqüência final, em que o protagonista, dentro de um ônibus blindado, é obrigado a enfrentar quase toda a força policial de Phoenix. Eastwood também fez a escolha sábia de centrar sua narrativa quase que exclusivamente em situações de Shockley se safando de várias enrascadas, que incluem até um quebra pau com uma turma de pretensos Hell Angels, o que dá uma concisão fabulosa para "Rota Suicida".
É senso comum na crítica cinematográfica dizer que Clint Eastwood tornou-se um diretor "respeitável" apenas a partir de "Bird" (1988). Assistindo, entretanto, obras como "Josey Wales" (1976) e esse "Rota Suicida" (1977) pode-se constatar que o cara já fazia ótimos filmes a bem mais tempo.
Como bom pupilo do mestre Don Siegel, com quem já havia trabalhado em uma série de filmes magníficos como "Perseguidor Implacável" e "Meu Nome é Coogan", Eastwood sabe que originalidade de roteiro não é algo que conta muito para se fazer um bom filme policial. O bom diretor desse gênero sabe que o que importa é fazer um trabalho bem cuidado em termos de edição, fotografia e caracterização de personagens, e é isso que é determinante para dar agilidade narrativa para um filme, não importando as obviedades do roteiro. Nesse sentido, Eastwood mostra entender do riscado como poucos em "Rota Suicida". Dispensando maiores efeitos e utilizando-se de uma montagem equilibrada e fotografia limpa, o diretor cria seqüências de ação de tirar o fôlego, como aquela em que Shockley tenta escapar em uma moto da perseguição incessante de um helicóptero. Fantástica também é toda a seqüência final, em que o protagonista, dentro de um ônibus blindado, é obrigado a enfrentar quase toda a força policial de Phoenix. Eastwood também fez a escolha sábia de centrar sua narrativa quase que exclusivamente em situações de Shockley se safando de várias enrascadas, que incluem até um quebra pau com uma turma de pretensos Hell Angels, o que dá uma concisão fabulosa para "Rota Suicida".
É senso comum na crítica cinematográfica dizer que Clint Eastwood tornou-se um diretor "respeitável" apenas a partir de "Bird" (1988). Assistindo, entretanto, obras como "Josey Wales" (1976) e esse "Rota Suicida" (1977) pode-se constatar que o cara já fazia ótimos filmes a bem mais tempo.
Um comentário:
Todos seus filmes são foda. Sempre acompanhei o trabalho de Clint Eastwood, quando soube que lançaria este filme, esperei com todo o meu ser a estréia. Vi suo trabalho em Sully movie e houve uma cenaque me comoveu. A história é impactante, sempre falei que a realidade supera a ficção.
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