O cinéfilo velho de guerra pode ler a sinopse e assistir ao trailer de “O Menino de Pijama Listrado” e pensar logo: “putz, já vi esse filme algumas vezes...” E o nosso amigo não deixar de estar com a razão. É mais uma obra que tem como pano de fundo histórico a II Guerra Mundial e um dos principais aspectos de tal conflito: a perseguição aos judeus pela Alemanha nazista. Além disso, o diretor Mark Herman acrescenta uma das maiores lugares comuns nesse tipo de produção que é enquadrar a trama sob uma ótica infantil. E nem precisar ser um cinéfilo tão calejado para pensar logo em “A Vida é Bela”. E em boa parte de sua duração “O Menino de Pijama Listrado” parece mesmo uma versão requentada do filme mais conhecido de Roberto Benigni. Tem-se uma direção de arte e fotografia competentes, mas que incomodam em determinados momentos por dar uma concepção asséptica demais, onde até a sujeira e a doença apresentam um revestimento “clean”.
Ocorre, entretanto, que no terço final no filme, Herman adota um tom sombrio e uma tensão fortíssima que conduzem “O Menino de Pijama Listrado” para uma conclusão sinistra e sem concessões para sentimentalismos, com um impacto mais forte até do que o desfecho de “A Vida é Bela”. O diretor não se preocupa em oferecer um alívio cômico ou redentor para a platéia, apresentando apenas o puro horror de uma guerra genocida.
A comparação metafórica pode soar ridícula, mas “O Menino de Pijama Listrado” parece o disco de uma banda de rock em que as primeiras faixas são insossas composições na linha emo, mas que lá pela metade descamba para um hardcore porrada que salva a pátria.
Ocorre, entretanto, que no terço final no filme, Herman adota um tom sombrio e uma tensão fortíssima que conduzem “O Menino de Pijama Listrado” para uma conclusão sinistra e sem concessões para sentimentalismos, com um impacto mais forte até do que o desfecho de “A Vida é Bela”. O diretor não se preocupa em oferecer um alívio cômico ou redentor para a platéia, apresentando apenas o puro horror de uma guerra genocida.
A comparação metafórica pode soar ridícula, mas “O Menino de Pijama Listrado” parece o disco de uma banda de rock em que as primeiras faixas são insossas composições na linha emo, mas que lá pela metade descamba para um hardcore porrada que salva a pátria.
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